Há vinte e duas edições, o Big Brother Brasil leva debates para as redes sociais sobre a forma como ele muda a vida dos brasileiros nos três meses em que é exibido na tela da Rede Globo. A alienação começa dias antes do programa começar, com as especulações dos possíveis nomes que estarão disputando o prêmio de R$ 1, 5 milhão.
Mas, a forma como o BBB é inserido na sociedade, tem impactado de diversas maneiras na vida das pessoas que assistem o programa diariamente. É possível observar através das redes sociais que, por muitas vezes, vira palco de discussões, debates e até brigas por causa dos acontecimentos dentro dos realitys.
Para a estudante de jornalismo Tamires Cardoso, o BBB causou uma mudança em sua rotina e nas amizades. “Já briguei com alguém, porém, foi briga de momento por conta de Prior e Manu”, contou ela citando a edição de 2020.
“Todas as terças, quintas e domingos meus dias são mais longos por conta de bbb, abro mão do meu sono (sim) pra me entreter e torcer pra alguém que nem sabe que eu existo”, completou.
A designer de Moda Larissa Andrade trabalha em uma loja que é patrocinadora oficial do BBB. A rotina do programa muda constantemente quando a empresa aparece no reality show. “Impacta no meu trabalho, eu tenho que assistir pra saber informar se tem cada peça”, disse.
Já para o publicitário Ronaldo Conceição, o BBB tem deixado seus nervos à flor da pele devido ao caso de transfobia em que Linn da Quebrada tem se encontrado dentro da casa.
“Fiquei indignado pelo pessoal dentro da casa errando o pronome de Lina. Sendo que é nítido a imagem dela como mulher”, contou.
A equipe de Linn da Quebrada se posicionou nas redes sociais em relação aos constantes erros que os colegas de confinamento da cantora estão comentendo dentro do BBB 22.
Para a psicóloga Doraci Amorim, os reality shows têm mostrado que, na verdade, é uma vitrine da vida real. O que é feito dentro do programa, é repercutido de várias formas.
“Esse tipo de conteúdo torna-se um problema quando vemos pessoas entrando em um processo de comparações, julgamentos e até mesmo a criação de laços afetivos com os participantes, gerando assim desconforto emocional devido as cenas expostas nesses programas, como por exemplo violências, racistas, intrigas, cancelamento, etc”, explicou a especialista.
Ela ainda reforçou que consumir esse tipo de conteúdo pode mudar totalmente a parte emocional do ser humano e “pode fazer com que traga na lembrança momentos semelhantes vivenciados e gerar o que chamamos de gatilhos: que corresponde a sentirmos emoções a partir de uma situação boa ou ruim já vivenciado. Podendo levar a um quadro de tristeza, ansiedade ou até favorecer para o desenvolvimento de outros adoecimentos psíquicos”.
Bnews
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